sábado, outubro 14

Feliz Dia das Crianças?




Há alguns dias, me deparei com uma cena que ficou registrada em minha mente. Na verdade, essa cena se repete por todo o tempo e em todo o mundo, causando em nós a conformidade em relação ao sofrimento do próximo. Muitas vezes já passei por cenas talvez até mais tristes sem percebê-las, mas a partir das próximas sei que apesar de me entristecer, vou pedir cada vez mais que Jesus volte logo, como aconteceu no fato a seguir.

Havia ido à casa de um amigo e voltava para casa. O primeiro turno das eleições estava por acontecer, as ruas estavam com muitos impressos de candidatos e muitas crianças brincavam empinando pipa ou jogando bola num enorme campo aberto de terra. Percebi alguém sentado no que conheço como “meio-fio”, aquela coluna de concreto que delimita a rua e a calçada por onde quando crianças costumávamos andar nos equilibrando. Olhei e notei um garoto que aparentava uns sete anos, ali, sentado tendo ao lado um carrinho de mão, não de brinquedo, aqueles utilizados em construção civil mesmo, com latinhas, plásticos, materiais que vinha recolhendo nas ruas, terrenos etc. Fiquei pensando como havia sido o dia daquela criança; Acordou provavelmente com fome, comeu algo que talvez eu e você nem tivéssemos coragem de comer. Talvez tenha feito sua higiene pessoal, após, incentivada não sei se com um beijo ou aos berros, saiu para o trabalho. E ali estava aquele garotinho, curvado na calçada, enquanto talvez vivesse um momento de liberdade.

Demonstrava se sentir criança num intervalo de sua vida de adulto, enquanto fazia alegremente um aviãozinho com um impresso político que, aliás, contrastou ainda mais a cena em minha mente; uma criança brincando com a propaganda de alguém que poderá ter parte ativa na sua história de pobreza. Mas esta já é outra questão. Frente à cena que descrevi, finalmente compreendi a frase bíblica “Não vos conformeis com as coisas deste mundo.” Não podemos nos adaptar a essa realidade sabendo que o Senhor planejou para todo ser humano uma infância cheia de alegria, não de maus tratos; de brinquedos e não de ferramentas; de carinho, beijos e amor, não de palavrões, humilhação e cobrança. De uma vida feliz ao lado da família e não apenas um “Dia das Crianças” a cada ano com alegria por algumas horas; ao lado do pai e no seguinte na casa da mãe sem entender ao certo o que são pais, padrasto, madrasta etc.

Você tem dúvida de que este mundo jamais será um lugar feliz? Finalizo propondo uma introspecção. Estamos contribuindo para que Jesus volte logo e acabe com todo sofrimento por mais que talvez estejamos vivendo “bem” por aqui? Amo o meu próximo a ponto de mesmo tendo uma família feliz, desejar que Jesus volte logo para que não existam mais desigualdades, fome, doença, seres humanos humilhados pedindo um pedaço de pão, pais bêbados perdidos sem direção, mães que rejeitam os filhos a ponto de jogá-los num lixão ou de enterrá-los vivos? “Não vos conformeis com as coisas deste mundo.” Peça a Deus um coração cheio de misericórdia, amor, disposição em servir, para que não se cumpra em você ou em mim a profecia de que o amor de muitos esfriará.

Volte logo Jesus! Estamos cansados como as crianças, de viver contando os dias esperando a alegria do eterno “Dia das Crianças”.

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