segunda-feira, novembro 13

Excelência em Foco

Li recentemente um artigo do especialista em Gestão Estratégica e Trabalho em Equipe, Ricardo Fera, que me fez refletir no quanto buscamos a excelência profissional e no quão pouco buscamos o que realmente supre o ser humano em todos os aspectos: Deus.

Enquanto as pessoas comprometem tempo, dinheiro e até a vida em busca da excelência profissional temporária, qual tem sido nosso compromisso na busca da excelência espiritual, cujo benefício é a vida eterna?

Segundo Fera, há uma reclamação generalizada atualmente: a falta de tempo. Nossos antepassados tinham mais tempo disponível pelo fato de não haver muitas opções de atividades. Havia menos transportes, menos veículos de comunicação, menos tudo aquilo que hoje nos rouba o tempo que teríamos para Deus, para a igreja, a família e os amigos. Tinha-se até a impressão de que os dias eram mais longos.

A verdade é que não devemos justificar com a escassez de tempo a falta de relacionamento com Deus. Precisamos, sim, encontrar meios de conviver com ela, obtendo qualidade no crescimento espiritual e familiar. A solução está no “foco”, no poder de priorizar o que se busca. Você busca sucesso financeiro? Foco no trabalho, etc. Sucesso espiritual? Foco em Deus.

Seguem algumas dicas para ajudá-lo a determinar prioridades e ampliar sua capacidade de foco:

1. Faça uma lista com objetivos, como estudar uma porção da Bíblia todos os dias, e substitua aquilo que toma seu tempo. Ex.: assistir ao telejornal da manhã, na hora do almoço e à noite. Escolha apenas um; as tragédias são sempre as mesmas. Determine que, se cada programa tem 20 minutos, você vai gastar 20 com a família e outros 20 estudando a Palavra de Deus.

2. Crie o hábito de em três momentos do dia falar com Deus por pelo menos alguns minutos, pedindo forças para permanecer no foco e entregando suas dificuldades a Ele. Decida com a família um horário para o culto familiar diário e cumpra-o custe o que custar.

3. Desenvolva a capacidade de dizer não a atividades que “apareçam” próximo aos horários dos compromissos assumidos com Deus e com sua família. Muitas vezes surgirão “imprevistos” propositadamente preparados para tirar você do foco.

4. Reserve um dos horários da família, se possível à noite, para conversarem sobre o Céu. Recomendo a leitura de pequena porção do livro Visões do Céu, da Casa Publicadora Brasileira, e após, uma viagem imaginária com cada um expondo os detalhes que imagina.

5. Troquem métodos particulares, usados para atingir os objetivos acima.

6. Ter todo o “plano focal” por escrito ajuda a fortalecer o compromisso.

7. Ainda com a família reunida, conversem sobre os benefícios que têm tido desde o início desses momentos com Deus. Benefícios espirituais, familiares, passados, presentes e futuros.

E lembrem-se: 1. Busquem primeiro o Reino de Deus e todas as outras coisas lhes serão acrescentadas. 2. Muito foco, muito poder.

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quinta-feira, novembro 9

Viva com Entusiasmo!

Há alguns meses, num curso do qual participei, assisti a uma palestra em vídeo em que o conhecido palestrante prof. Marins dava instruções de como viver com entusiasmo. Você pode ler sete delas abaixo e praticá-las. Vale a pena.

1) Cultivar o riso e o bom humor.
2) Não reclamar e não falar mal dos outros.
3) Iluminar sua casa e seu ambiente de trabalho.
4) Afastar-se de notícias ruins e pessoas negativas.
5) Valorizar insights positivos.
6) Ser alguém sempre pronto a colaborar.
7) Fazer tudo com sentimento de perfeição, entre outros.


Confesso que estava vivendo uns dias com muitas atividades e pouca motivação, o que aumentou mais meu interesse na palestra. E a dica que mais me chamou a atenção, talvez pela falta de motivação, foi a que incentivava a oferecer aos outros momentos “mágicos”, especiais.

Minha esposa, secretária de escola, enfrentava também dias de estresse em razão de se aproximar o fim do ano e diversas atividades se acumularem. Pensei então em aproveitar a dica em benefício duplo. Como valeu a pena seguir a instrução que, pensando bem, para nós cristãos, não é nenhuma novidade. E como é bom quando vivemos para fazer o próximo feliz. Cheguei à conclusão de que poderia resolver dois problemas com uma ação até simples, mas rara, e coloquei “mãos à massa”.

Passei em uma floricultura, escolhi um arranjo baseado no gosto dela e pedi para entregar no seu ambiente de trabalho.

Quer saber o que aconteceu? As pessoas perguntaram: “É seu aniversário, aniversário de casamento, dia de quê?” E a curiosidade mais infeliz: “Vocês brigaram, quer conversar a respeito?” Como rimos das perguntas.

Temos naturalmente, por causa do pecado, uma tendência negativa tão superior às positivas que atitudes que deveriam ser “normais”, quando acontecem, parecem “coisa de outro mundo”.

Concluindo, minha esposa ficou tão feliz por receber as flores num dia que não representava nada especial, que um dia como qualquer outro passou a ser “O dia especial em que recebi flores de meu marido”.
Para mim, aquele dia sem cor – o dia em que minha esposa ficou tão feliz – foi modificado. Ao vê-la assim, minha falta de motivação transformou-se em energia e ação.

Como nos faz bem ver pessoas felizes por nossas ações ou sentimentos. A instrução divina existe. Precisamos apenas de lembretes – no meu caso, foi uma palestra em vídeo.

Analisando os resultados, deixo aqui minha sugestão: não espere ficar estressado ou ver outra pessoa em situação ruim; ofereça momentos especiais. Eles são perfeitos na prevenção da falta de alegria, motivação, e você exercita o amor ao próximo. Faça alguém feliz! Você vai até chorar, mas de alegria.

segunda-feira, novembro 6

Doze pesquisadores e sua fé criacionista

Por que Creio é um dos instrumentos do jornalista Michelson Borges na divulgação da bandeira do criacionismo no Brasil. Ele também é autor de A História da Vida, obra com vários artigos contrários à corrente evolucionista, alguns contestando, inclusive, grandes veículos de comunicação, como a revista Superinteressante. Em Por que Creio [se quiser saber como ganhar um, leia este texto até o fim], Borges entrevista doze cientistas criacionistas, como a bióloga Márcia Oliveira de Paula, doutora em Microbiologia e coordenadora do curso de Biologia do Unasp, o arqueólogo Paulo Bork e o bioquímico Michael Behe, autor do livro A Caixa Preta de Darwin. Acompanham as entrevistas alguns textos criacionistas do autor.

A primeira entrevista é com o engenheiro mecânico e eletricista Ruy Carlos de Camargo Vieira, editor da Revista Criacionista e um dos grandes defensores da filosofia criacionista no Brasil. Este é, aliás, o tema da entrevista. Vieira determina, já no início, que criacionismo e evolucionismo não são posições científicas, mas filosóficas. Ele também estabelece relações harmônicas entre ciência e religião, citando como exemplo os pais da ciência moderna (Newton, Galileu e Kepler), mas nega que alguém possa crer na Bíblia e defender a evolução.

Já a doutora Márcia de Paula, a segunda entrevistada, aponta problemas da teoria evolucionista. Ela lembra que a evolução tem várias evidências que a apóiam, mas diz que a teoria não consegue explicar a origem dos sistemas vivos por causa da complexidade celular, por exemplo. A ausência de fósseis intermediários entre os estágios evolutivos é outro grande problema da teoria, assim como a explosão cambriana. Mas talvez a maior dificuldade em corroborar o evolucionismo seja a insistência na idéia da abiogênese, isto é, a vida pode surgir de não-vida. Luiz Pasteur comprovou que essa teoria é falha.

O terceiro entrevistado, o arqueólogo Paulo Bork, argumenta a favor das descobertas arqueológicas que evidenciam os ensinamentos bíblicos. Ele já fez escavações em Israel, Egito, Iêmen, Jordânia, Turquia e vários outros lugares e diz que essas escavações transformaram o modo como ele lê a Bíblia. O ponto mais interessante da entrevista é quando Bork descreve suas escavações em busca de Sodoma e Gomorra: “Existiam cinco cidades na parte leste do Mar Morto. Quando as escavamos, encontramos grande quantidade de cinzas. [...] No lado oeste do Mar Morto há restos de uma cidade que chama bastante a atenção. Esse sítio arqueológico foi batizado com o nome árabe de Bab eh dra. A cidade que ali existiu data de mais ou menos 2200 a.C., e ali também há grande quantidade de cinzas. [...] É importante frisar que não há na região presença de atividades vulcânicas. Além disso, quando os exércitos inimigos destruíam as cidades com fogo, geralmente poupavam seus cemitérios. Logo, há uma razoável possibilidade de que essa região contenha de fato os restos do que um dia foi uma região visitada pelo juízo de Deus.”

O geólogo Nahor Neves de Souza Jr. é o quarto entrevistado. Sua contribuição ao modelo criacionista é a pesquisa feita em rochas basálticas, abundantes na região sul do País. Ele verificou sinais de eventos rápidos e sucessivos, o que evidencia uma grande catástrofe, o dilúvio. “Os dados disponíveis no campo da Geologia se ajustam com perfeição a um modelo de eventos catastróficos e abrangentes, claramente compatíveis com os fenômenos geológicos globais defendidos pelos geocientistas do mundo inteiro.” Assim, de acordo com Souza Jr., os fenômenos geológicos sugerem a morte catastrófica de vários seres vivos e rápido soterramento. A mesma sugestão serve para o carvão e o petróleo, ambos rapidamente soterrados.

Outro assunto que permeia a entrevista com Souza Jr. é a idade da Terra. Segundo ele, os geólogos defendem uma idade média de 4,6 bilhões de anos. Criacionistas divergem neste ponto. Alguns defendem que Deus criou a Terra e os seres vivos ao mesmo tempo, entre seis e dez mil anos. Outros argumentam que a Terra foi criada em duas etapas: primeiro a estrutura física, há bilhões de anos, e depois, na semana da Criação, a hidrosfera, atmosfera, etc. Essas seriam as duas premissas básicas, mas existem outras vertentes a partir daí. Souza Jr. acredita que a Terra é jovem em termos de vida orgânica, mas diz que ainda não existem conclusões quanto a seu aspecto físico.

O quinto entrevistado é o físico Urias Takatohi. Logo no início, ele fala sobre as probabilidades físicas da teoria do Big Bang, que apregoa que o Universo teve início com uma grande explosão. Takatohi argumenta que as leis físicas evidenciam que o Universo teve, sim, um início, mas lógico e planejado e não ocasional. O físico fala ainda da Segunda Lei da Termodinâmica.

A próxima entrevista é com Siegfried Julio Schwantes. Ele é doutor em Estudos Vétero-Testamentários, o que inclui o estudo das línguas semíticas. No decorrer da entrevista, Schwantes fala com autoridade sobre os manuscritos do Mar Morto. De acordo com ele, os manuscritos concordam com o texto bíblico, acabando com a idéia de alteração da mensagem bíblica. Schwantes também determina que a expressão “dia”, em Gênesis 1, é literal: “A língua original de Gênesis só conhece um valor para o termo yom (dia). Nenhum texto bíblico apóia a idéia de que yom possa significar ‘época’.”

O matemático Euler Bahia é o próximo entrevistado. Como reitor do Centro Universitário Adventista (Unasp), ele discorre sobre o ensino do criacionismo e do evolucionismo nas escolas e a dificuldade do estudante universitário criacionista ao se defrontar com teorias ateístas. “A estratégia cristã deve ser de coerência com os princípios gerais do cristianismo; isto é, que o cristão tenha uma sólida base de conhecimentos bíblicos e científicos, para fundamentar as razões de suas convicções e a lógica criacionista”, orienta Bahia. Para ele, alguns tópicos da Matemática, da Física e, principalmente, da Bioquímica e da Biologia Molecular oferecem respaldo aos pressupostos criacionistas.

Queila de Souza Garcia, formada em Ciências Biológicas, fala sobre as evidências do planejamento inteligente na natureza, como a semelhança morfológica entre os vertebrados e a similaridade das informações genéticas. Especialista em fisiologia vegetal, a doutora Queila discorre sobre as evidências de um planejamento inteligente nessa área: “Todo o funcionamento de uma planta, suas estratégias adaptativas às condições ambientais a que ela está exposta, nos mostram um sistema extremamente bem planejado.” Queila afirma que não teve dificuldades em se manter criacionista em um ambiente acadêmico predominantemente evolucionista, pois suas crenças estavam bem alicerçadas e seus professores trataram o assunto com muito respeito. Mas ela reconhece que muitos criacionistas pendem para o outro lado, em geral, porque acreditavam que a teoria da evolução era algo ridículo, sem qualquer embasamento, o que não é verdade.

Borges também entrevistou Rodrigo Silva, teólogo, filósofo e especialista em arqueologia. Na entrevista, ele aponta evidências arqueológicas para a veracidade do texto bíblico. Silva cita alguns documentos, além do Gênesis, que mencionam a história do Dilúvio, por exemplo. “Se somarmos as tradições orais e escritas que encontramos ao redor do mundo, fora as do Oriente Próximo, chega a mais de cem o número de versões e relatos a respeito de um dilúvio universal que cobriu toda a Terra”, contabiliza ele. As semelhanças acontecem também no que diz respeito ao relato da Criação.

O biólogo Roberto Azevedo é o próximo entrevistado. Ex-diretor do Departamento de Educação Adventista na América do Sul, ele critica o ensino do evolucionismo nas escolas como verdade científica. Azevedo, que é biólogo, aponta alternativas para o ensino das origens, que, segundo ele, deveriam estar presentes desde as séries iniciais até o nível de pós-graduação.

O matemático Orlando Ritter discorre sobre a origem das raças. Ritter diz que o nome “Adão” significa “tornar vermelho”, em aramaico. Assim, pressupõe-se que sua pele teria uma coloração avermelhada, já que ele foi feito do barro. Ele expõe o pensamento de que o mundo antediluviano era bem diferente do que viria após a catástrofe, a começar dos continentes, que eram unidos em um bloco único, a Pangea. Conforme Ritter, a diversidade de raças começou com os três filhos de Noé: Sem deu origem aos povos semitas, Jafé, de pele mais clara, originou os povos caucasianos e Cão, com bagagem genética forte, foi o pai das etnias negróides, australóides e mongolóides. Os primeiros pendiam para a religião; os segundos para a filosofia; os terceiros para o pragmatismo.

O bioquímico Michael Behe, último entrevistado, é um dos maiores entusiastas da teoria do design inteligente. Seu livro, A Caixa Preta de Darwin, tem causado muita polêmica em âmbito mundial. Erudito, ele descreve a complexidade do sistema celular, ao contrário da simplicidade que Darwin apregoava. “A célula é um sistema extremamente complexo, que contém proteínas, ácidos nucléicos e diversos tipos de máquinas miniaturizadas. [...] A seleção darwiniana não pode tê-las produzido justamente por causa do problema da complexidade irredutível.” Ele argumenta que sempre que alguém vê um sistema semelhante conclui que este foi projetado. Behe acredita que a ciência deve se voltar mais para a teoria do design inteligente no futuro e que, assim, ciência e religião chegarão às mesmas conclusões.

O livro de Michelson Borges, apesar de discreto, é muito eficiente. Não restam vestígios de empolamento científico na edição das entrevistas e a maior parte das perguntas é oportuna, mostrando que é possível, sim, associar ciência e religião. A linguagem não se volta apenas para aqueles que já possuem conceitos básicos de criacionismo, mas também para os que estão se iniciando nas ciências biológicas e não sabem para qual lado se posicionar. Editorialmente falando, é um livro à altura dos publicados por editoras seculares que contradizem os princípios cristãos. Se a propagação do criacionismo depender de livros como o de Borges, o trabalho será de primeira.

Resenha do jornalista Fernando Torres.

Texto extraído com permissão do blog "Michelson Borges"

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